Artigos de opinião

Resoluções do Ano Novo e agora?…

Agora que já estamos com os pés assentes neste novo ano de 2022 e findo este primeiro mês de janeiro, é uma boa altura de vos colocar as seguintes perguntas:

  1. ainda olham todos os dias para a lista de resoluções que escreveram no final do ano anterior?
  2. já nem sequer olham para ela, mas ainda anda convosco na carteira?
  3. já ficou abandonada na mesa de cabeceira? ou
  4. já nem sabem tão pouco onde anda?…

É precisamente com o intuito de chamar a atenção para estas pequenas linhas onde de forma determinada depositamos alguma da nossa esperança para os próximos 365 dias que escrevemos este artigo!

Não sabemos se o mesmo acontece convosco, mas muitas vezes, ano após ano, chegamos ao final do ano e mais uma vez, carregados de esperança, escrevemos com afinco os vários tópicos que gostaríamos de ver realizados nos meses seguintes. Mas… a verdade é que o ano arranca com a mesma adrenalina e ritmo acentuado habitual e facilmente nos vemos envoltos na dinâmica e “stress” do dia a dia e rapidamente esquecemos aquelas linhas onde escrevemos tanto o que nos dava prazer de ter, mudar na nossa vida ou o que precisava mesmo de ser feito e mudado!

Estudos revelam que 80% das pessoas que escrevem as suas resoluções de ano novo, abandonam as mesmas na primeira semana de fevereiro e é precisamente com o objetivo de dar uma força e um empurrão que vos escrevemos!

Que idade tinham quando fizeram a vossa primeira lista? Por aqui nenhum de nós se lembra quando, pois já foi há muito tempo. Esta é uma tarefa intemporal e sem idade. E, na verdade é um bom exercício para fazer não só para os adultos, mas também pode ser feito desde cedo com as crianças.

Criar novas intenções com o Ano Novo pode ser um exercício saudável e estimulante na definição de objetivos para as crianças de qualquer idade. Para as crianças mais novas, um bom objetivo pode ser o aprender a atar os sapatos sem ajuda, ajudar a preparar o pequeno-almoço, ajudar a escolher a roupa que vai vestir no dia a dia, ajudar a alimentar o seu animal de estimação… e irá com certeza surpreender-vos as ideias que as crianças acabarão por partilhar convosco, acabando normalmente por estreitar ainda mais a vossa relação.

Muitas vezes, as resoluções podem ser formas de ajudar a criança a melhorar uma habilidade que já possui ou até desenvolver uma nova.

Partilhamos alguns conselhos que poderão utilizar quando acharem que não irão dar seguimento às vossas resoluções:

  • Objetivos simples e realistas. Se achas que o objetivo que escreveste é demasiado grande para o atingires, escreve objetivos mais realistas. Desta forma colecionas pequenas vitórias o que irá contribuir para o acreditar que és capaz de atingir objetivos e realizar mudanças, por mais pequenas que pareçam aos outros, a ti dar-te-ão confiança e motivação para realizar resoluções cada vez maiores
  • Mudar o nosso diálogo interno. A forma como falamos connosco pode influenciar as nossas ações. Se dissermos que não podemos mudar, então não vamos mesmo mudar. Mas se dissermos que somos capazes e nos focarmos nisso, então tornar-se-á possível
  • Meditar. A meditação cria resiliência, cria a habilidade para lidar melhor com desafios e recuperarmos de fracassos e adversidades
  • Quando a motivação faltar, conversar com um amigo pode ajudar e muito!
  • Aceitar as falhas como parte do processo. Por exemplo, se o objetivo é fazer exercício físico todos os dias, sabermos que haverá dias em que simplesmente não vai acontecer, já é meio caminho andado para não nos sentirmos culpados (ninguém é perfeito!)
  • Desenvolver uma contrapartida para quando não fizermos o que tínhamos pensado inicialmente. Por exemplo pegando no exercício físico, podemos estipular que cada dia em que falharmos o previsto, anotamos o porquê e começaremos do zero no dia seguinte. Desta forma não vemos como um fracasso, uma vez que se trata de algo que foi previsto e com o qual sabemos lidar.

No caso das crianças por exemplo, uma mensagem importante passa por explicar que por mais que não aconteça o que gostaria que acontecesse não significa que não há algum benefício ou algo que se possa aprender com a experiência. Tentar com mais afinco ou tentar de maneira diferente leva a uma atitude mais positiva e, finalmente, a resultados mais bem-sucedidos.

Envolvermo-nos e manter a comunicação aberta ajudará as crianças a alcançar o que se propuseram a fazer.

Incentivem os vossos filhos e lembrem-nos de que a melhor coisa a fazer se um objetivo não for atingido é nunca desistir.

  • Definir objetivos diários, mensais, trimestrais e anuais. Se criarmos o hábito de anotarmos no papel o que gostaríamos de orientar, mudar ou ajustar e mesmo adaptar na nossa vida, numa base mensal ou até mesmo diária, as resoluções de ano novo serão muito mais fáceis de realizar. No fundo, tudo é uma questão de hábito, certo?

Porque não colocar, tanto os nossos objetivos como os das crianças, na porta do frigorífico para que seja mais fácil recordarmo-nos deles?

Que este ano seja repleto de objetivos realizados! 🙂

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